Carboidratos na Nutrição de Ruminantes (19/09/2017 - 19/09/2017)
Apresentou-se a classificação dos carboidratos, com ênfase para carboidratos fibrosos e não fibrosos (CNF); Discorreu-se sobre a composição dos alimentos em carboidratos e sua vinculação com os métodos de análises de laboratório, identificando MS, PB, cinza (MM), EE, FDN, FDA, Hemicelulose, Lignina (não é carboidrato), celulose, e cálculo da matéria orgânica (MO), considerando sua importância calórica, devido à combustão dos compostos orgânicos (MO=MS-cinza); Apresentou-se a fórmula para cálculo dos Carboidratos Não Fibrosos (CNF)=100MS-(PB+EE+FDN+cinza); Discorreu-se sobre a imprecisão da fibra bruta como um parâmetro para expressar a parede celular (obtida pelo método de Weende) e sua substituição pela FDN (Fibra em Detergente Neutro, obtida pelo método de Van Soest); Apresentou-se e discorreu-se sobre a fórmula para cálculo da digestibilidade da matéria orgânica DigMO(%)=[(MO ingerida - MO nas fezes)/MO ingerida]x100; Também apresentou-se a fórmula para cálculo dos Nutrientes Digestíveis Totais (NDT), considerando a digestibilidade de cada nutriente contido nos alimentos e nas rações: NDT(%)=%FDND+%CNFD+%PD+2,25x%EED; Se apresentou relação entre o crescimento e digestibilidade de gramíneas tropicais (C4) e temperadas (C3) quanto às reservas amido e frutosanas, respectivamente; Apresentou-se a deposição de parede celular e sua lignificação com o avançar da idade da planta; Discorreu-se sobre a degradação da fibra e a adoção da técnica in situ para degradação dos alimentos para ruminantes; Caracterizou-se os diferentes constituintes da parede celular (FDN) e dentre estes a presença da lignina e sua importância antinutricional, como um limitante à degradação ruminal e digestibilidade das forragens; Apresentou-se as características de degradação ruminal e digestão dos carboidratos não estruturais; Discorreu-se sobre os teores de FDN e FDA de alimentos volumosos e concentrados e sua relação com o tempo de mastigação, considerando a efetividade da fibra em relação à pectina de alguns alimentos como a polpa cítrica, a casca de soja e o caroço de algodão, bem como a importância de fibra efetiva de forragem (FDN de forragem) para a saúde do rúmen (evitar acidose), o que pode ocorrer com cactáceas (palma forrageira), as quais são pobres em fibra; Apresentou-se a relação da parede celular (FDN) de plantas jovens e velhas, considerando a relação da FDN com o consumo de alimentos e da FDA com a digestibilidade (Valor Energético dos alimentos), incluindo-se um vídeo sobre a seletividade do pasto por bovinos em função da idade da planta (anexado a este tópico de aula); Chamou-se a atenção para forragens de boa qualidade com até 30% de FDA e mais que 45% de FDN digestível (FDND); Discorreu-se sobre o local de degradação e digestão dos carboidratos e seus produtos absorvidos em cada segmento do trato digestório e perdidos na forma de gases, calor e excreta (Fibra indigestível); Discorreu-se sobre a glicemia em ruminantes e sua associação com AGVs absorvidos; Discorreu-se sobre a associação de CNE e carboidratos estruturais (relação volumoso:concentrado) com a produção de acetato e propionato no rúmen e consequente pH do ambiente ruminal, ganho de peso, produção de leite e teor de gordura do leite; Discorreu-se sobre o destinos dos diferentes carboidratos até piruvato e deste a lactato quando há excesso de CNF nas dietas ricas em concentrado, bem como em acetato, propionato e butirato sob condições normais; Discorreu-se sobre a utilização do piruvato, acetato (acetil-CoA), propionato (succinil-CoA) e butirato (acetil-CoA) via ciclo do ácidos tricarboxílicos (Ciclo de Krebs) para fornecimento de energia aos ruminantes; Por fim, apresentou-se um esquema sintético do metabolismo dos carboidratos no ruminante, o qual encontra-se detalhado em texto anexado a este tópico de aula.