A alimentação é o insumo mais importante e um fator limitante na aquicultura. A presente pesquisa objetivou caracterizar os efeitos da incorporação de óleo de buriti (Mauritia flexuosa) em rações para tilápias (Oreochromis niloticus) cultivadas em sistemas de engorda, avaliando o desempenho e qualidade da carne. Foram utilizados 200 juvenis de tilápia, peso médio inicial 84,64 (± 3,54). Utilizou um delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos (0%; 1%, 2% e 3% de óleo de buriti (OB) na dieta), 5 repetições, e 10 peixes por repetição. Ao final dos 90 dias de fornecimento das rações experimentais, após um período em jejum, os peixes foram pesados, medidos, insensibilizados, abatidos e separado os cortes dos filés para análises. Para os resultados de desempenho produtivo identificou-se diferença significativa apenas para variável IVCS (P<0,05), para as demais variáveis (CRM, PMF, GP, SOBR, CAL , IEA e FK) não houve diferença significativa (P>0,05). Para os resultados de qualidade da carne, as variáveis físicas de pH, perda de peso por cocção (PPC), perda por gotejamento (PPG), L* (luminosidade), a* (intensidade de vermelho), b* (intensidade de amarelo) do filé do peixe não foram influenciados pela inclusão de óleo de buriti na dieta, exceto para a cor a após 24 horas, observando melhores valores com a incorporação de 1% de OB na ração. A inclusão de óleo de buriti em rações balanceadas para peixe (Oreochromis niloticus) na proporção de 1% (T1) influenciou nos índices de reserva energética, possivelmente influenciado pelo perfil dos ácidos graxos, quando aumentado os níveis de ácido oleico ingesridos. A inclusão de até 1% de óleo de buriti na dieta não prejudica a qualidade da carne (filé) e pode ser utilizado em dietas para peixe (Oreochromis niloticus) de engorda.