Objetivou-se avaliar a utilização de dietas de alto grão na dieta de ovinos e validar a utilização do grão de milheto inteiro em substituição ao milho inteiro sobre o desempenho, características de carcaça, composição tecidual da perna de cabritos terminados em confinamento, assim como a viabilidade econômica das dietas de alto grão. Foram utilizados vinte e um cabritos mestiços Anglo-Nubiano (20,6±20,9 kg de peso inicial), que foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com 3 tratamentos (dietas) e 7 repetições (animais). O peso inicial foi utilizado como covariável. Os animais foram confinados por 58 dias sendo 12 dias de adaptação e 46 de período experimental. As dietas experimentais consistiram em: Dieta controle, contendo 10% feno e 90% concentrado, Milho: 20% pellet proteico e 80% milho em grão, Milheto: 20% pellet proteico e 80% milheto em grão. Os resultados foram submetidos à análise de variância e, quando significativos, foi utilizado o teste de Tukey (P < 0,05). As dietas de alto grão, contendo milho ou milheto reduziram (P < 0,05) o consumo de matéria seca (CMS) e nutrientes em relação a dieta controle, com exceção do consumo de proteína bruta (P = 0,001) que não houve diferença (P< 0,05) entre os tratamentos Controle e Milheto e consumo de extrato etéreo (P < 0,001) que foi maior quando os animais consumiram Milheto. Em consequência, os animais alimentados com Milho apresentaram menor (P < 0,05) ganho médio diário, peso final e peso de carcaça quente. A dieta controle reduziu (P <0,05) os depósitos de gordura renal. No entanto, o rendimento de carcaça, parâmetros qualitativos da carcaça e a composição tecidual da perna não foram influenciados (P > 0,05) pelas dietas experimentais. Dentre as dietas experimentais, a de alto grão com o milheto foi a que proporcionou maior margem bruta. O milheto pode substituir o milho em dietas de alto grão, sem alterações na proporção dos principais componentes, como músculo, gordura e osso.